terça-feira, 18 de abril de 2017

GESTÃO DE CARREIRAS

Artigo | PorTerezinha Márcia de Carvalho Lino 

          A escolha da carreira profissional não é fácil e sempre é cercada de muitas dúvidas para os estudantes. Os jovens quando saem do Ensino Médio nem sempre estão seguros em relação à carreira que devem seguir. 
         Muitos são influenciados pela família, os pais esperam ver nos filhos a continuidade de suas próprias carreiras, tais influências podem ser motivadoras para alguns, que acabam seguindo a opinião deles. Mas, para outros o efeito pode ser contrário, levando os filhos a buscarem carreiras antagônicas a de seus pais. 
      As influências também podem surgir da sociedade e/ou do grupo em que o jovem frequenta. Cria-se nesse ambiente um clima de expectativa sobre o seu futuro, ditando o que é uma carreira de prestígio e o que é uma ocupação sem futuro. 
      A escolha do curso é apenas o início da edificação da carreira. A forma de como o acadêmico conduz o curso, o grau de seriedade, de responsabilidade, de empenho e de dedicação já é um indício da maneira de como pretende gerenciar sua carreira. 
        Mesmo que a escolha inicial de uma carreira aconteça muito cedo e que as influências externas sejam naturais é importante que as pessoas assumam um papel ativo no planejamento da própria carreira. Para isso, é preciso segundo Balassiano e Costa (2013) considerar a necessidade de autoconhecimento, a pessoa precisa desenvolver parâmetros próprios de escolhas. Ainda assim, quando se é muito jovem, erros podem ser cometidos, mas nada impede de uma recondução na carreira, mais tarde. Os testes vocacionais podem ajudar na ação de autoconhecimento. Vários desses testes podem ser encontrados na internet. Segue a sugestão de um teste vocacional: Teste Vocacional: descubra as carreiras que têm mais a ver com você[1].
     Muitos definem suas carreiras analisando as oportunidades de mercado. Mas esse pensamento acaba tendo um olhar para o passado, a pessoa se espelha numa carreira promissora, no momento de sua entrada para o ensino superior, mas até se formar e com o mercado altamente dinâmico, pode-se alterar a preferência para outros profissionais. Se este for o parâmetro utilizado para a escolha de uma carreira, então é melhor que a pessoa faça uma pesquisa e descubra: como será o mercado daqui a cinco anos? Quais as oportunidades ele me oferece? Como eu me preparo para elas? Assim, quando se formar e estiver pronto poderá ter boas oportunidades no mercado de trabalho.
       Embora, o planejamento da carreira seja cada vez mais necessário, a discussão sobre o tema é recente e a produção científica no Brasil, em torno dele ainda é pequena. Para Dutra (2010), a carreira pode ser vista como uma sequência de cargos ocupados e de trabalhos realizados durante a vida profissional de uma pessoa. Na perspectiva da organização, engloba políticas, procedimentos e decisões ligadas à carreira na empresa. 
      A definição de carreira para Dutra (2010) é a “sequência individualmente percebida de atitudes e comportamentos, associada com experiências relacionadas ao trabalho e atividades durante a vida de uma empresa”. 
     De acordo com os resultados da pesquisa divulgada por Balassiano e Costa (2013), os empregos que ofereciam mais desafios, melhores salários e maiores responsabilidades eram os mais cobiçados pelos alunos, no início de suas carreiras. Após algum tempo os alunos passaram a procurar outros tipos de trabalho e de responsabilidades, que foram agrupadas nas seguintes categorias: autonomia/independência; segurança/estabilidade; competência técnica/funcional; competência gerencial; criatividade intraempreendedora, serviço e dedicação a uma causa; desafio; estilo de vida.
    Mesmo quando a escolha da carreira é considerada acertada, ela pode não ser para sempre. Segundo uma pesquisa realizada pela Pactive Consultoria[2] “58% dos profissionais brasileiros já pensaram em "largar tudo" para iniciar uma carreira nova. Deste total, 26% afirmaram que a ideia de recomeçar profissionalmente já foi cogitada "muitas vezes".

REFERÊNCIA

BALASSIANO, Moisés; COSTA, I.S. Affonso. Orgs. Gestão de Carreiras – Dilemas e Perspectivas. Editora Atlas. São Paulo: 2013.

DUTRA, Joel Souza. Org. Gestão de Carreiras – nas Empresas Contemporâneas. Editora Atlas. São Paulo: 2010.

  Por: Terezinha Márcia de Carvalho Lino
 Professora Mestre em Administração


segunda-feira, 17 de abril de 2017

ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO


Artigo | PorTerezinha Márcia de Carvalho Lino

A Administração da Produção e Operações é responsável pela seleção, escolha e determinação da forma de como serão utilizados os recursos destinados à produção de bens e serviços. Além dos recursos de produção - humanos, tecnológicos, informacionais, materiais -, os processos precisam ser gerenciados de forma estratégica, para que os produtos fabricados possam atender às exigências dos clientes em relação à qualidade, tempo e custos, contribuindo assim para a geração de lucro para a empresa.
A palavra “produção” está relacionada às atividades industriais, enquanto que a palavra “operações” refere-se às atividades desenvolvidas em empresas de serviços.
A definição do que produzir e a maneira de como produzir varia de acordo com a época em que está vivendo. Martins e Laugeni (2006) descrevem de forma cronológica essa variação:
  • produção artesanal – o artesão confeccionava o produto procurando atender às necessidades específicas de seus clientes. As peças eram praticamente exclusivas e feitas sob encomendas;
  •  produção em massa - padronização dos produtos - após Revolução Industrial  o consumidor passa a adquirir os produtos desenvolvidos pelos projetistas, que, geralmente não consultavam as preferências do mercado. Nesta fase o objetivo era melhorar a produtividade e reduzir custos, com produção de grandes volumes de produtos padronizados. Esta fase pode ser definida como product-out – a preocupação é colocar o produto no mercado;
  • produção com qualidade total  - após a Segunda Guerra Mundial, os japoneses se destacaram no mercado pela busca da melhoria da qualidade dos seus produtos, visando conquistar o mercado mundial. Nesta fase, as empresas foram forçadas a ouvir o mercado. Surge então uma nova abordagem de produção, ou seja, as empresas passaram a produzir aquilo que o mercado queria comprar – fase denominada market-in: do mercado para a empresa.

          A decisão do que produzir, não é uma decisão fácil. As empresas precisam conhecer não só as necessidades e exigências dos seus clientes, mas também o mercado fornecedor e os potenciais concorrentes. Por isso, é tão importante criar um produto a partir de um projeto bem elaborado. Em um projeto de desenvolvimento de um produto é necessário ter bem definidos o conceito - conjunto de benefícios que o consumidor espera encontrar no produto/serviço que está comprando; o pacote - conjunto de componentes que proporciona os benefícios definidos no conceito e o processo - define a relação entre os componentes dos produtos e serviços.

      Por: Terezinha Márcia de Carvalho Lino
      Professora Mestre em Administração












GESTÃO DE CARREIRAS

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